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Paraty, um paraíso gastronômico

  • Foto do escritor: Luiz Totti
    Luiz Totti
  • 22 de fev. de 2010
  • 4 min de leitura

22/02/2010


As férias se foram... mas ficarão os registros em nossos sentidos de toda a viagem que fizemos à Paraty. Nas retinas ficarão gravadas a beleza exuberante da mata atlântica, o brilho do sol refletindo nas águas das cachoeiras e a transparência da água do mar. Nas mãos e nos pés a temperatura perfeita das águas do mar, o toque na areia, as pedras nos fundos das piscinas naturais na serra. Mas a melhor memória estará certamente com nossas papilas gustativas... impressionante como uma área tão pequena como é o centro histórico dessa antiga cidade pode permitir tamanha variedade e qualidade gastronômica. Um sem número de bares e restaurantes se misturam às pedras pés de moleque, com uma diversidade de estilos e idiomas. As surpresas surgem uma após a outra e se torna muito difícil escolher aonde ir. Por isso, tomamos a seguinte decisão: a cada noite íamos a um bar ou restaurante para provar um drink e conhecer o ambiente e íamos a outro restaurante para o jantar.

Abaixo descrevo os que mais gostamos e algumas de suas curiosidades:

1. Banana da Terra – Elegemos como a melhor opção, pelo conjunto da obra! Para começar, o visual dos garçons é diferenciado: chapéu e uma roupa que lembra os “malandros do samba carioca”; excelente escolha. A cheff Ana Bueno, jornalista de formação, vendia bolos batidos à mão na praia de Trindade, pois ainda não havia energia. Mudando para Paraty, fez vários cursos no Brasil e no exterior e adaptou cozinha caiçara ao estilo da mais contemporânea cozinha do mundo. A estrela do cardápio, dizem, é o peixe com banana, mas nossa opção foi uma versão maravilhosa da Carne Seca com banana e, uma surpreendente rabada, leve e saborosíssima. Vale a pena experimentar. Finalmente, combinações exóticas para o preparo de caipirinhas (como abacaxi com pimenta) feitas com a cachaça produzida pelo próprio restaurante. O preço é compatível com o glamour da confecção dos pratos, mas vale a pena o investimento.

2. Paraty 33 – Para nossa surpresa, o dono é Uruguaio e o ambiente moderno, com luzes negras que ressaltam o branco, transformando roupas e cardápios em objetos quase fluorescentes. O atendimento é fantástico e a comida muito boa.

3. Margarida Café – Foi o único lugar em que fomos 2 vezes de forma intencional... na primeira, para um drink, em que fomos atendidos por uma garçonete que era quase nossa vizinha, de Indaiatuba e que decidiu ficar em Paraty após um período de férias. Tomei um Mojito e na noite seguinte voltamos com a intenção de comer uma massa que, diga-se de passagem, estava sensacional. O destaque entre as sobremesas é a banana flambada, preparada ali, ao lado do cliente, causando frisson nas mulheres de cabelos longos próximas à labareda.

4. Bartholomeu – Fomos ao mesmo restaurante 2 vezes, mas de forma totalmente acidental!!!! No dia em que chegamos, baixamos as coisas na pousada e saímos a procura de um lugar para comer. Na rua da Matriz, em direção ao mar, vimos uma portinha com uns azulejos e decidimos entrar. Pedimos uma salada de alface com queijo gorgonzola (que é excepcional e já entrou no meu cardápio doméstico) e empanadas comidas argentinas, mas as empanada são, provavelmente, do Paraguai... no último dia, estávamos caminhando numa outra rua, olhamos o restaurante e gostamos, entramos. Pedimos uma carne recheada de queijo e, quando o garçom chegou perto, notamos que já o conhecíamos... eheheheh. Era o mesmo restaurante do primeiro dia, mas com entrada pela outra rua, em outro ambiente... mas o garçom era o mesmo. Repetimos a salada de gorgonzola e a carne estava simplesmente maravilhosa

5. Merlin, o Mago - provavelmente o lugar mais inusitado que visitamos... um lugar muito intimista, com 4 ou 5 mesas, muito sofisticado. O dono, um alemão, se não me engano, chamado Hado, é muito engraçado. Para preparar um drink do cardápio que ele mesmo elaborou, demorou uns 20 minutos, errou ingredientes, mudou o drink... acabou nos dando para não jogar fora. O seu assistente é um americano chamado Rolland, que, na hora de fechar a conta pegou um violão e começou a tocar rock... e os dois se perderam na hora da conta... me diverti muito. Por ser Merlin o nome do lugar, dissemos à Gaby que ele era realmente um mago e que o drink dela a transformaria em qualquer coisa pela manhã se não dissesse a palavra mágica... “Danke”, ou seja, obrigado em alemão... ahahaha.. ela falou várias vezes e na manhã seguinte se olhou no espelho e falou que a contra mágica tinha funcionado.

6. Che Bar – Especializado em comida e bebida cubana. Fomos lá beber por que estávamos no Bistrô francês (sinceramente não me lembro o nome, mas que comento mais abaixo) e pedi um Mojito. O garçom falou que não tinha hortelã e, quando estava brincando com o garoto, entrou um cara com estilo Oswaldo Montenegro que disse que me traria um Mojito... era o Maurício, dono do Che bar, muito amigo da dona do restaurante e resolveu o meu problema. Depois do jantar fomos tomar mais uns drinks lá no Che bar e trocamos idéias com o Maurício, mais um com formação em comunicação com vasta experiência internacional. Muito bom o lugar para bebericar.

7. Casa do Fogo – só tomamos um drink nesse lugar, que achamos muito bonito, com especialidade em frutos do mar.

8. Bistrô Brasil - lugar legal, de frente para o cais, bonitinho, e tudo, mas a comida não é tudo isso, não.

9. Bistrô Francês – confesso que não me lembro o nome, mas fica ali, na rua do comércio, do outro lado da rua da parte traseira da igreja matriz. Comida boa e ambiente muito agradável. Valeu a pena por jantar e ouvir Jazz, tocado por uma experiente pianista.

Enfim, uma experiência extremamente agradável e inesquecível.

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