O Sentido da Vida
- Luiz Totti
- 17 de fev. de 2019
- 3 min de leitura
A felicidade está, sempre esteve e sempre estará ao alcance de um suspiro, um sopro que nem sempre vem pela razão, aliás, quase nunca!
Um dos grandes dilemas do ser humano é saber a razão de sua existência , o sentido da vida! Muitos filósofos abordaram o tema através dos tempos, as religiões tentam elucidar esse mistério, a ciência rebusca em seus mitocôndrios a explicação final. Cada qual é cada qual, já diz o ditado, e arrisco dizer que jamais haverá um consenso sobre isso, dada a diversidade existente em nosso Universo conhecido.
Pausa, corta para o mundo corporativo.
Se dentro da alma humana o sentido da vida é algo empírico, para uma organização e seu grupo de liderança ele tem que ser objetivo, palpável e de fácil comunicação. O “sentido da vida” de uma organização é sua visão de futuro, sua missão dentro da sociedade e seus valores, que ditam sua rota.
Quando um empreendedor, um executivo, um empresário, um governante, um pesquisador cria a visão para seu produto ou serviço, ele está ali trazendo o primeiro suspiro de vida de algo que fará uma enorme diferença na vida de alguém, alguns, muitos; quando ele se despega dessa visão é quando ele começa a caminhar rumo ao fim. Ou a um novo começo, mas ao fim daquela visão inicial. Assim, não se aplica ao mundo corporativo a ideia de Sartre, de que a existência preceda a essência, pois, nesse caso, a essência vem primeiro para definir a futura existência. Um líder que renega a esse pensamento, que deixa a essência de lado tende a não ser seguido, tende a ser isolado e não admirado. E um líder, quando não é admirado, deixa de fazer sentido.
Um ponto fundamental dentro desse enorme dilema, entre a essência e a existência, é um sentimento a que muitos não prestam atenção, trazendo-o a reboque em muitas ocasiões, quando deveria ser a locomotiva: a felicidade! Quando você não está feliz naquilo que faz, o gasto de energia é enorme, é desesperador, e na maioria das vezes, leva ao fracasso. Para mim, o fracasso é a ausência da felicidade, e vice-versa. Para mim, o sentido da vida corporativa é ser feliz, é construir um ideal, é levar esse ideal a todos de uma maneira sempre ética e responsável.
Corta de volta para o mundo privado, sua vida!
Aqui a existência precede à essência, e você é antes de ser, ou estar. Você vem como um livro com as páginas em branco, nas quais serão escritas as histórias de sua vida, e inscritas as chaves de sua personalidade. A vantagem é que você sempre terá novas páginas em branco para escrever um novo capítulo e, depois de um certo tempo de estrada, você já tem plena capacidade de escrever por si só, e criar um novo roteiro. Que, para mim, deve ir para o caminho da felicidade, que muitos dizem ser impossível de ser encontrada.
A felicidade está, sempre esteve e sempre estará ao alcance de um suspiro, um sopro que nem sempre vem pela razão, aliás, quase nunca! O grande problema é que às vezes contemos nossa própria respiração por medo de ser feliz, e, assim, não somos capazes de alcançá-la. Perder o medo é, geralmente, o caminho mais curto para ser feliz. Hoje eu sou feliz, e minha felicidade está sempre ao alcance do meu suspiro, seja ele de amor, de agonia, de raiva ou desespero....
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