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O PIB e a inflação (a moderna história de Jakyll and Hyde)

  • Foto do escritor: Luiz Totti
    Luiz Totti
  • 11 de mai. de 2013
  • 2 min de leitura

Não sou muito de comentar sobre a situação econômica, prefiro focar em aspectos organizacionais, mas tenho andado preocupado com a situação que estamos enfrentando ultimamente aqui no Tupiniquim World. Um país como o nosso, reconhecidamente poderoso pela sua abundância natural segue patinando e não consegue friccionar para o crescimento que todos sabemos ser possível.


Vejamos 2012, com um “Pibinho” inferior a 1%, mesmo com todos os incentivos aplicados pelo Governo em determinados segmentos, apostando no aumento do consumo na ponta final de toda a cadeia. Associado a isso, uma inflação batendo no teto da meta (as vezes passando – aliás, esse negócio de teto de meta é irritante! Meta é meta, meta-se nela como diria o poeta) estabelecido pelo Governo. Mas pior que o pífio resultado é a perda constante de credibilidade das nossas autoridades monetárias. Baseados em seus pareceres se constroem planos e se projetam investimentos, inclusive em desenvolvimento humano; para se ter uma ideia de como nossos líderes não possuem confiabilidade na realização de forecasts, foi-nos dito em 2011 que no ano passado cresceríamos quase 5% e que a inflação seria 4,2%, se muito!!!!! O placar final já foi comentado acima.


Para 2013 uma vez mais vemos o otimismo auriverde alegando que o PIB crescerá mais de 4% e a inflação será moderada... a valor econômico de Fevereiro já indicava um PIB próximo a 2,5%, e a inflação de Março já havia ultrapassado o teto (Aff!!!!) da meta. Pelo visto, será outro ano pífio de crescimento e preocupante com relação à inflação, sendo, por conseguinte, o segundo ano seguido em que a inflação será compulsoriamente passada aos salários ao passo que o crescimento não gerará valor suficiente (lembrando que aumento de preços pela inflação não é, necessariamente, adição de valor ao negócio)


Se esse cenário permanece pelos próximos 2 ou 3 anos, totalizando um ciclo de 5 anos nesse ritmo, o que poderá acontecer? Recessão? Estagflação? E no longo prazo? PIB menor que taxa de crescimento gera desequilíbrio na geração de empregos para a população que entra no mercado de trabalho!


Sou um eterno otimista e ainda acho que a economia Global pode jogar a nosso favor, mas pediria com muito carinho a nossos governantes que substituam os otimistas de Brasília por técnicos realistas que possam nos indicar o caminho correto que trilharemos nos próximos anos. Caso contrário, felizes os mexicanos, colombianos, chilenos e mesmo bolivianos, que herdarão muitos dos investimentos que, há 2 anos poderiam estar sendo reservados a nosso lindo e amado Brasil!


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