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Mire na Lua: se errar, atingirá uma estrela

  • Foto do escritor: Luiz Totti
    Luiz Totti
  • 2 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Ao definir metas desafiadoras você chama à equipe e a si mesmo a se superarem. Mas cuidado: a chave é o reconhecimento

 

Mudança é o novo normal, ponto final! Isso não é novo e tem sido assim já há muitos e muitos anos... aquela estabilidade corporatva que haia muitos anos atrás faz parte de um momento que já não existe e dificilmente existirá de novo. Falo isso ao me lembrar de uma de minhas mudanças de posição e, conseuqentemente, de liderança, e os impactos disso na minha carreira e na minha maneira de desafiar a mim mesmo e às minhas equipes.


O encontro foi quase casual, em meio a um jantar de liderança e a troca de palavras foi extremamente breve e direta e, após algumas frases “quebra-gelo”, veio a pedrada: é ótimo tê-lo no time e espero que ano que vem você atinja U$ 100 nmilhões em vendas”, me apresentou o diretor de RH, virou as costas e se misturou à multidão. Fiquei boquiaberto e, como em poucas vezes na minha carreira, quase em pânico: meu forecast para o ano em curso eram meros U$ 50 milhões (números não refletem a realidade, apenas para referência da ordem de grandeza). Ainda um pouco desnorteado, busquei por colegas que já trabalhavam com ele por mais tempo e perguntei: “quando ele fala em 100% de crescimento em 1 ano, ele quer, na verdade, uns 30%, correto?”... como resposta, uma larga gargalhada e um inequivoco chacialhar de cabeça de forma negativa.


Passado o choque e a constatação de que realmente eu teria que ir para os 100% de crescimento, me debrucei em planos e estratégias para ver de onde poderia extrair mais do que os 10% (Uau!!!) de crescimento que eu havia planejado para o ano seguinte. Óbvio que a meta era inatingível em tão curto espaço de tempo, mas aquela conversa e aquele desafio acenderam em mim um desejo imensurável de provar que sim, poderíamos fazer melhor que aqueles 10%. Ao longo dos 2 anos seguintes, cresceríamos mais de 50% em venda e quase 100% em EBITDA e fomos reconhecidos como a região de melhor performance em todo o Globo.


Essa sequência de eventos mudou radicalmente minha maneira de ver e estabelecer metas. Metas agressivas (ou desafiadoras, para ficar mais “light”) são, muitas vezes, vistas como fatores de desmotivação, pois costumam trazer em si objetos quase “impossíveis” de serem atigindos. E é nessa palavra (impossível) que reside o grande obstáculo do crescimento e, consequentemente, do desenvolvimento de equipes. Não existe literalmente NADA impossível no mundo corporativo, o que existem são limitações.


Antes que você me apedreje, as limitações pessoais são apenas um pequeno componente dessa equação. Para se atingir o impossível, é preciso que não haja limitação de recursos, de investimento, de tempo e, principalmente, de mercado, esse o limitante maior até que você encontre uma forma de ampliá-lo. Mas entre o nada e o impossível, existem o provável, o possível e... sua visão, que sempre será maior que o possível.


Funciona assim: digamos que o cenário mais provável seja crescer 10%, mas seria possível, com todos os cenários sendo positivos, atingir 20% de crescimento. Imagine agora que sua visão seja crescer 30%, ainda que contra todos os prognósticos possíveis e imagináveis. Ainda que haja resistência imensa em sua equipe com relação a esse percentual, desafie-os, ajde-os a encontrar alternativas e caminhos em que sim, se possa chegar lá. Não é o resultado que importa, é o caminho, o aprendizado e a forma de conduzir o negócio que realmente farão a diferença em anos futuros. As metas agressivas nos ajudam a pensar a gestão de forma diferente e nos preparam para um negócio sustentável do ponto de vista inovativo, de crescimento e lucratividade. A meta agressiva desse ano visa um resultado melhor a longo prazo, afinal, esse ano já é passado... a cada primeiro de Janeiro o ano já acabou, pois muito pouco do que façamos irá surtir resultado no curto prazo.


Definir metas desafiadoras ajuda o crescimento do negócio a longo prazo e é fator fundamental para o desenvolvimento pessoal e de equipes, pois nos tira do lugar comum, elimina a zona de conforto e faz com que encontremos soluções até então impensadas. Mas há um pequeno e fundamental detalhe para ter sucesso nesses desafios: a motivação da equipe. Um grande erro que muitos gestores cometem é não reconhecer (financeira e publicamente) os avanços da equipe com relação ao histórico e ao cenário provável: cada avanço é fundamental e deve ser comemorado e recompensado, pois o crescimento constante é o que realmente importa. Se o reconhecimento estiver atreladao somente à meta agressiva o sucesso será relativo e restrito a um ou, no máximo, dois anos. Depois disso, ladeira abaixo!!!


Mire na lua pois, se errar, atingirá uma estrela! E a cada estrela que atinja, comemore como se tivesse atingido a Lua!!!!



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