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E quando sua equipe diz não????

  • Foto do escritor: Luiz Totti
    Luiz Totti
  • 5 de mai. de 2010
  • 3 min de leitura

Ser líder não é uma atividade que possa ser considerada simples, uma vez que envolve múltiplas atividades que se misturam, se completam e algumas vezes, se conflitam.

Definir necessidades de desenvolvimento, elaborar um plano que atenda a essas necessidades e fazer com que isso se encaixe no Plano de Sucessão é uma das tarefas mais motivantes que um líder pode ter, sempre tendo alguém do RH ao seu lado.

Outra atividade de forte apelo motivacional é o Planejamento Estratégico: traçar objetivos, discuti-los dentro da equipe, definir a melhor forma de implementá-los e executar esses planos, vendo-os se transformar em resultados é um tremendo de um combustível.

Mais complexo, porém igualmente estimulante é o papel de coaching, ajudar os membros da equipe a se descobrirem, a encontrar, dentro de seu arcabouço intelectual e comportamental, diferentes maneiras de encarar as situações do dia a dia e de projeção de suas carreiras.

E o mais difícil de todos, manter a harmonia do grupo, a alegria de se trabalhar em equipe e a motivação para a melhoria contínua e o crescimento dos negócios e da própria equipe. Administrar conflitos, gerenciar situações de crise, tomar decisões difíceis e ter o apoio e compreensão do grupo para levar adiante tais decisões são fatores críticos para uma boa liderança.

Tudo isso funciona muito bem quando todos na equipe convergem para um mesmo posicionamento. Mas, e quando alguém diverge e discorda? Como deve o líder agir quando recebe um “não” diante de uma proposta ou tomada de decisão? A resposta não é simples de ser encontrada, pois depende de uma série de fatores.

Um bom exemplo a ser discutido vem do bem e velho futebol. Durante a partida final do Campeonato Paulista de 2010 entre Santos e Santo André, quando o time do Santos já estava com 3 jogadores expulsos e perdendo o jogo por 3x2 (mais um gol lhe tiraria o título), o técnico Dorival Jr. chamou ao Paulo Ganso para substituí-lo, mas o jovem jogador, de 20 anos, acintosamente se negou a sair, gesticulando no meio do campo, diante do público e da TV, onde demonstrava claramente que não sairia e demonstrava que confiava em si mesmo para ajudar o time a manter o placar do jogo. O técnico, então, decidiu tirar outro jogador e manteve o Ganso em campo até o final do jogo, e ele foi o principal responsável por manter a bola longe do gol do Santos por um longo período de tempo, ajudando a evitar, dessa forma, o título do Santo André.

O que aconteceu em campo poderia ter se transformado num verdadeiro desastre não fossem duas coisas extremamente importantes:

1 – A percepção do indivíduo sobre sua capacidade de resolver determinado assunto; 2 – A confiança do líder de confiar na decisão de sua equipe.

Não concordo com a forma. Logicamente dentro de uma corporação um gesto forte e em público como esse do Ganso teria conseqüências muito ruins para o clima organizacional, mas o fato é que, ao aceitar a posição de seu jogador, o técnico contribuiu para a conquista do campeonato. Ele soube ouvir o seu jogador.

Ah, sim, um fator complementar sobre o aspecto de liderança, e talvez o mais importante, é saber ouvir sua equipe! Saber ouvir sem paradigmas, sem preconceitos e sem idéias pré-concebidas; mas, além de saber ouvir, é preciso ter a humildade necessária de reconhecer que a opinião de um membro da equipe, mesmo sendo um “não”, pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso. E aceitar essa opinião, entender esse “não” como um poderoso “sim” pode ser o diferencial entre ser um líder ou simplesmente estar ocupando uma posição de liderança.

Assim, quando a equipe disser “não” com o objetivo de transformá-lo num imenso “sim”, e o fizer de uma maneira equilibrada que não crie distúrbios no clima de sua organização, é bom refletir e avaliar se impor o seu “sim” não poderá se transformar num gigante “não” para o futuro da sua liderança e, conseqüentemente, do sucesso da sua equipe.

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