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A Fábula da Barraca de cachorro quente e a crise

  • Foto do escritor: Luiz Totti
    Luiz Totti
  • 30 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

Há muito tempo atrás ouvi a fábula do vendedor de cachorro quente e a crise, usada para reforçar a necessidade de um marketing bem feito. Não sei ao certo a origem, mas li em algum lugar que essa “fábula” veio a público “narrada pelo ministro Ernane Galvêas em palestra proferida a 23.6.81, na Escola Superior de Guerra, com “algumas adaptações...”. (Blog Almanaque Cultural Brasileiro).

Bem, fiz alguns ajustes nessa fábula para adaptá-la ao nosso tempo e a descrevo abaixo:


“Era uma vez um homem que vivia na beira de uma estrada vendendo cachorro-quente, em uma situação que muitos chamariam de ermitão social. Ele não tinha facebook nem participava de qualquer outra rede social, aliás, não havia nem conexão com internet discada, wifi ou 3G; tampouco tinha rádio, TV e nem lia Jornal. Preocupava-se apenas em produzir e vender bons cachorros-quentes. Prezava muito a qualidade do pão, da Salsicha e do atendimento ao seu cliente.


Ele também sabia divulgar como ninguém seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava. Quando alguém passava em frente a sua barraca ele gritava: – olha o cachorro quente especial!


Usando o melhor pão e a melhor salsicha, o negócio como não podia ser diferente, prosperava. Ele começou a formar uma clientela fiel que voltava sempre e trazia cada vez mais gente para sua barraca de cachorro-quente, até que ele construiu uma grande loja e como estava prosperando cada vez mais, mandou seu filho estudar na melhor faculdade do país.


Um dia, seu filho já formado voltou para casa. E falou ao pai:


- Pai, você não ouve rádio, não vê TV, não lê os Jornais? A situação é crítica, o país vai quebrar.


Depois de ouvir isso, o homem pensou: “Meu filho estudou fora e está por dentro de tudo o que acontece. Deve estar com a razão.”


E com medo, e a fim de economizar preocupado com a tal crise, procurou um fornecedor mais barato para o pão e começou a comprar salsichas de menor qualidade. Além disso, para economizar mais ainda, parou de fazer seus cartazes de propaganda que espalhava pela estrada. Abatido pela notícia dacrise já não oferecia seu produto em alta voz. Ou seja, parou de fazer sua propaganda.


As vendas, é claro, despencaram até o negócio quebrar.


Então o pai muito triste, falou para o filho:


- Você estava certo filho, estamos no pior momento de todos os tempos.”


Nota do Totti: não tenho intenção de, com essa fábula, jogar uma cortina de fumaça sobre a situação econômica atual fazendo-a menor do que realmente é (deixo isso para os “profissionais” do ramo), mas, sim, tentar trazer à tona um debate sobre como podemos, como profissionais de alta performance, sermos criativos e buscar alternativas em meio a tantas notícias ruins. Criar motivação em tempos de crise é um desafio, mas quem o consegue certamente emergirá melhor quando a economia, finalmente, se reerguer.


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